terça-feira, 12 de agosto de 2014

Cisnes



O cisne é uma ave aquática, pertencente à família Anserinae, que inclui também os gansos. No seu conjunto dão origem ao gênero Cygnus, apresentando como característica marcante, seu longo pescoço.

A história do Patinho Feio, que não era patinho, mas sim filhote de cisne, tem um fundo de verdade. De fato, os filhotes de cisne não se parecem muito com os pais. Têm as penas ásperas e eriçadas, acinzentadas ou pardas, e só com cerca de 1 ano de idade assumem a bela plumagem dos adultos. Há diversas espécies de cisnes, sendo que os do hemisfério norte apresentam plumagem branca, enquanto que os do hemisfério sul apresentam, muitas vezes, plumagem colorida; conforme a espécies possuem também bicos diferentes, alguns de coloração vermelha, outras amarelas, alguns com uma excrescência carnuda e negra na base, outros sem. Dentre as espécies conhecidas encontram-se:

•Cygnus atratus, conhecido como cisne-negro;

•Cygnus melanocorypha, conhecido como cisne-de-pescoço-preto;

•Cygnus olor, conhecido como cisne-branco;

•Cygnus buccinator, conhecido como cisne-trombeteiro;

•Cygnus columbianus, conhecido como cisne-pequeno;

•Cygnus bewickii, conhecido como cisne-de-bewick;

•Cygnus cygnus, conhecido como cisne-bravo, ou cisne-selvagem.

 
Esses animais formam casais monogâmicos e constroem ninhos nas proximidades de regiões úmidas. Cada casal estabelece para si um território, e o defende energicamente de qualquer invasor. Se a nidificação falha, é comum os membros do casal de cisne procurarem outro parceiro, que as vezes pode ser do mesmo sexo e tomando o ninho das das próprias femêas e assim continuando a cuidar do ovo.
 
 

 
Quando chega o inverno, bandos de cisnes deslocam-se para regiões de clima mais ameno. Os jovens costumam acompanhar os pais nessas longas migrações. Como são aves pesadas, precisam de impulso para levantar voo. Uma “pista” longa é fundamental, pois lhes permite uma decolagem tranquila.
No Reino Unido, todos os cisnes são de propriedade da rainha Elizabeth II, e se você machucar uma dessas aves será processado pela rainha em pessoa. Essa regra remonta ao século 12, onde os cisnes eram contados e examinados e foi onde a coroa reivindicou a propriedade dos cisnes para garantir o fornecimento de aves para banquetes.




 
 
 
 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Ema


A ema (Rhea americana (L.)), também chamada nandu, nhandu, guaripé e xuri, é uma ave corredora da família Rheidae, cujo habitat se restringe à América do Sul. Comum, de forma localizada, em campos naturais, cerrados, áreas agropecuárias, vive nas planícies do Brasil até o sul da Argentina. Apesar de possuir grandes asas, não voa. Usa as asas para se equilibrar e mudar de direção na corrida. Tem a peculiaridade de serem os indivíduos masculinos os responsáveis pela incubação e o cuidado com os filhotes.              
Há cinco subespécies de emas existentes atualmente, as quais não são facilmente distinguíveis entre si. Contudo um dos principais traços de distinção é a mancha preta na garganta e a diferença na altura entre as subespécies.            
Rhea americana albescens: vive nas planícies da Argentina (partes norte e leste do país), sul do Paraguai e sudoeste do Brasil;Rhea americana americana: possui o alto da cabeça marrom escuro e vive no centro e nordeste do Brasil;Rhea americana araneipes: possui o alto da cabeça preto e é encontrada no oeste do Paraguai, leste da Bolívia e região do Pantanal, no Brasil;Rhea americana intermedia: possui o alto da cabeça avermelhado e vive no Uruguai e extremo sul do Brasil;Rhea americana nobilis: encontrada no leste do Paraguai. A ema é a maior e mais pesada ave do continente americano e é considerada a maior ave brasileira. Um macho adulto pode atingir 2 m de comprimento, alcançar 1,70 m de altura e pesar entre 25 e 35 kg. A envergadura pode atingir 1,50 m de comprimento. Tem o pescoço e as canelas compridos. Possuem pernas fortes e três grandes dedos em cada pé, cujas unhas são usadas como arma.


Se fizer muito calor, a ema dorme durante o dia e sai à noite para alimentar-se. Bebe pouca água. Quando algo muito próximo a assusta, abaixa o pescoço e afasta-se de repente num zigue-zague ligeiro, erguendo as asas e inflando a plumagem. Suas penas são usadas para decoração. Sua carne, embora muito mole, é comestível.  Apresentam plumagem do dorso marrom-acinzentada, com a parte inferior mais clara. O macho distingue-se por ter a base do pescoço, parte do peito e parte anterior do dorso, negros. Difere do avestruz por não apresentarem cauda e pigóstilo. Também não possuem glândula uropigiana (dilatação triangular de onde saem as penas da cauda das aves). Ao contrário das demais aves, há separação das fezes e da urina na cloaca. A ema é onívora, ou seja, come de tudo. Alimenta-se de frutas, sementes, folhas de grandes árvores, insetos, roedores, lagartos, moscas perto de carne em decomposição, cobras, moluscos, peixes entre outros. Além disso, a Ema come muitas pedrinhas, que servem para facilitar a trituração dos alimentos. A ema só vocaliza na época do acasalamento, quando o macho produz um som profundo e potente, ouvido de longe, quase como o mugido de um grande mamífero. É um urro forte, ventríloquo e bissilábico, vocalizando até mesmo durante a noite. Os filhotes emitem assobios melodiosos que lembram o canto do inhambu-relógio.Em outubro, no começo da época de acasalamento, o macho reúne um harém de 3 a 6 fêmeas, escolhe um território e faz o ninho. Na época do acasalamento, os machos abrem as asas e dão os seus passos de dança. Também cantam à moda deles para as fêmeas (as notas do canto parecem roncos). As fêmeas, por sua vez, também mantêm relações com outros machos, havendo, portanto, poliginia e poliandria na espécie. Como é o macho quem choca os ovos após a postura, as fêmeas procuram outro harém em formação, no qual irá passar pelo mesmo processo de acasalamento e postura dos ovos. Cada fêmea acasala com até três machos, podendo ter, portanto, cerca 12 a 15 crias.

Quando o macho choca os ovos, torna-se extremamente agressivo a qualquer aproximação, atacando com violência ao sentir alguma ameaça. Eles chegam a ficar oito semanas sem comer ou beber água - vivendo apenas de gordura corporal armazenada - para cuidar do ninho.  O macho constrói apenas um ninho em uma depressão no solo, forrando-o com capim, no qual todas as fêmeas botam os ovos. Cada fêmea coloca de 4 a 5 ovos no ninho, ou seja, em um harém composto por seis fêmeas, haverá em média 24 ovos. Quando o ninho está cheio de ovos, ele afasta as fêmeas e começa a chocá-los. As fêmeas retardatárias têm de botar os ovos apenas do lado do ninho. O macho, responsável pelo choco, altera frequentemente a posição do ovo, girando uma volta completa (360º) a cada 24 horas.  A incubação começa entre cinco e oito dias após as fêmeas terem iniciado a postura e pode durar de 27 a 41 dias. Os ovos eclodem todos no mesmo dia, são brancos, geralmente elípticos, e pesam, em média, 600 gramas. Os que não vingam são devorados ou colocados para fora do ninho e, ao quebrarem, atraem muitas moscas, cujas larvas, posteriormente, irão alimentar os filhotes. Os filhotes saem seis semanas depois e são cuidados pelo pai, defendendo-os dos inimigos naturais, como cachorros do mato, lagartos, gaviões, etc. Quando se encontram dois bandos pajeados, os dois machos travam uma briga entre si, ganhando o vencedor a chefia de todos. Atingem a maturidade sexual em dois anos. A ema é a segunda ave mais veloz em corridas do mundo, alcançando cerca de 60 km/h, perdendo apenas para o avestruz, que alcança os 80 km/h. Suas grandes asas permitem um maior equilíbrio, o que lhe a mudança de direção na corrida. Períodos longos de chuvas podem prejudicar a saúde das emas, pois suas penas, diferentemente da maioria das aves, não são impermeáveis.Em liberdade, as emas vivem em grupos, em bandos de 20 a 30 emas, se dispersando na época do acasalamento. Nessa época, o bando se separa em grupos menores, sempre compostos por 1 macho e, em média, 6 fêmeas.                     
A ema está na lista dos animais que estão em perigo de extinção. A destruição do habitat das emas para abrir espaço para a agricultura e agropecuária é a principal causa da diminuição da população dessa ave. A contaminação das emas com agrotóxico utilizado nas plantações, das quais a ema pode se alimentar, é outro fator considerável, assim como a caça para consumo.

 





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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Chinchila

A chinchila é um pequeno animal roedor e mamífero que se assemelha a uma mistura de coelho com esquilo. O pêlo da chinchila é o mais fino dentre os animais e é também bastante denso, o que o torna muito macio ao toque.

 A chinchila é um pequeno animal roedor e mamífero que se assemelha a uma mistura de coelho com esquilo. O pêlo da chinchila é o mais fino dentre os animais e é também bastante denso, o que o torna muito macio ao toque.
 A chinchila é vegetariana e possui hábitos noturnos, ou seja, dorme durante o dia e fica acordada à noite. A espécie criada em cativeiro é a chinchila laníngera.

Orignária da região andina na América do Sul, a chinchila foi domesticada por Mathias F. Chapman no início do século e levada aos Estados Unidos. Nesta época, a chinchila laníngera estava quase extinta e sua criação em cativeiro assegurou a sobrevivência da espécie.
No Brasil, apenas recentemente a chinchila foi descoberta como animal de estimação, mas há muitos anos ela é, infelizmente, utilizada para a produção de casacos de peles no mundo todo.
 
 Como animal de estimação, a chinchila é muito diferente de gatos e cachorros, mas também é diferente de hamsters e afins. É um animal divertido que, embora não goste muito de ficar no colo, interage com seus donos através de brincadeiras em que pulam, correm, sobem nos ombros das pessoas e fazem movimentos engraçados. Não são a melhor opção para crianças muito pequenas, porque requerem um manuseio delicado, mas, com a supervisão de um adulto, as crianças também se divertem com as chinchilas. Elas são animais de pequeno porte que não demandam muitos cuidados, são limpas, não precisam ser vacinadas e o custo de manutenção da chinchila é baixo se comparado ao de cachorros, gatos e ferrets.
         Não compre uma chinchila por impulso, aprenda sobre ela e faça uma decisão consciente.



Ariranha

Seu nome científico é Pteronura brasiliensis da ordem dos Carnivora (Carnívoros) e da família Mustalidae (Mustelídeos). A ariranha é um parente próximo da lontra, porém bem maior: pode atingir 2,20 m de comprimento. Como a lontra, tem hábitos gregários e vive ao longo das margens dos rios. Alimenta-se sobretudo de peixes, que pesca durante o dia, mas também não despreza pequenos mamíferos e pássaros aquáticos - e seus ovos e filhotes. Seu tamanho principalmente a forte dentadura não a fazem recuar mesmo diante de animais maiores que ela, e há casos de ataques a seres humanos que invadiram o seu território.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      


 Distribuição geográfica
Atualmente a ariranha é encontrada nos rios da região centro-leste da Amazônia, no Brasil, da Venezuela, Guiana, Paraguai e Uruguai. Existem também alguns exemplares no Peru, Equador e Colômbia.


 Habitat
Regiões úmidas, rios, lagos, pântanos e, particularmente, as águas "negras" da bacia amazônica.




Medidas de proteção
A espécie é protegida no Brasil, Peru, Equador e Colômbia. Mas, dado o isolamento dos territórios que habita, é difícil pôr em prática medidas de vigilância; assim, a ariranha continua sendo vítima dos caçadores de peles. Existem poucos exemplares em cativeiro, e a maior parte deles em zoológicos sul-americanos; nos zoológico brasileiros há 16 exemplares (mas hoje nao tenho certeza de que sao menos ou mais).






sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Macaco Aranha

Macaco-aranha


O macaco-aranha (Ateles geoffroyi) é um mamífero primata da Família Cebidae. É também conhecido por quatá ou coatá preto.
O nome desse macaco casa perfeitamente com ele. Distinguem-se à primeira vista pelos longuíssimos membros, cauda comprida e abdome dilatado, que fazem que eles se pareçam com uma aranha gigantesca. Adulto, pode chegar a 65 cm de altura e pesar até 8 kg. Quando sobe em uma árvore, movendo com grande rapidez seus membros compridos, esse macaco americano lembra uma aranha na sua teia. Ainda mais impressionante é o fato de usar, para isso, não apenas os quatro membros, mas também a cauda, que pode chegar a medir 90 cm. Sua cauda é preênsil e pode se enrolar e desenrolar a fim de segurá-lo ou para pegar pequenos objetos. O macaco-aranha prefere mesmo usá-la em lugar das mãos. Se você lhe der algo para comer, ele pega com a cauda, como faria um elefante com a tromba.
De hábito diurno, o macaco-aranha vive em grupo de até 30 indivíduos e habita em florestas tropicais chuvosas, como das Guianas e no Amazonas. São encontrados também nas florestas costeiras do México. Vivem no alto das árvores e raramente descem ao chão. Dormem de forma curiosa, em grupos de 2 ou 3, com as caudas entrelaçadas, prendendo-se uns aos outros. Durante o dia, o grupo percorre algumas rotas dentro da área que dominam, sendo que à noite costumam a retornar para dormir sempre na mesma árvore. Sua dieta é variada, composta por frutos, sementes, brotos, nozes, flores, ovos, aranhas e vários tipos de insetos. Eles se alimentam logo cedo e dedicam toda manhã em busca de alimento. Depois das 10 horas segue-se um período de repouso, para os adultos, e de brincadeiras, para os filhotes. À tarde comem alguma coisa, recolhendo-se à noite para dormir.
A pelagem, sempre escura, às vezes preta, é rala e esparsa. A pele superior é preta, dourada, ou avermelhada e a face está freqüentemente marcada com uma máscara pálida de pele despigmentada ao redor dos olhos e focinho. Os braços são mais longos que as longas pernas, e as mãos possuem o polegar rudimentar, como acontece com os gibões, o que constitui uma adaptação ao salto de ramo em ramo, onde a mão é usada como um gancho. A cauda tem mobilidade notável e é utilizada com precisão para segurar os objetos menores e mais delicados. A cabeça, redonda e pequena, provida de grandes orelhas, tem bastante mobilidade. O macaco-aranha pode viver até 33 anos.
A reprodução da espécie pode ocorrer em qualquer época do ano. As fêmeas têm um ciclo de 24 a 27 dias. O acasalamento se restringe a um período de dois a três dias. A gestação dura entre 226 e 232 dias e nasce apenas um filhote por vez. A ovulação é suspensa pela amamentação e os nascimentos acontecem em intervalos de 2 a 4 anos. Ao nascer, o filhote pesa 340 g e tem pêlos castanhos. Por 4 meses, vive agarrado somente a barriga da mãe, sendo que após esse período, pendura-se nas costas. Dependerá dos cuidados da fêmea até os 10 meses de idade. A maturidade sexual da fêmea ocorre por volta dos 4 anos, enquanto os machos se tornam férteis aos 5 anos de idade. É difícil distinguir o sexo dessa espécie, pois a fêmea do macaco-aranha tem o clitóris maior do que o comum, o que o torna semelhante ao pênis dos machos.
O mais comum predador natural dessa espécie é a onça-pintada. Em segundo lugar está o homem, que prejudica essa espécie de formas direta e indireta:
- Caçando para o consumo de sua carne, muito apreciada.
- Capturando os filhotes para vender – tráfico de animais.
- Desmatando a Amazônia, seu habitat natural.
Os caçadores se aproveitam do fato dos macacos-prego dormirem sempre próximos uns aos outros, e costumam a dizimar bandos inteiros de uma só vez.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012